quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Um dos Grandes (de Vários) Dilemas

Hoje eu tinha pensado em falar de paciência, outra das lições que aprendi. Mas resolvi pegar carona em um pedaço do comentário que minha amiga Andréa fez no post de ontem (Normalidade) e falar sobre a opção de dupla jornada (mãe e profissional).
Acho que minha jornada é um pouco maior, talvez quíntupla ou mais... Afinal, hoje, além de mãe e profissional, sou também esposa, dona de casa e mulher. Em certos momentos, até marido também, pois lá em casa quem abastece (inclusive o carro dele) e leva o carro para oficina sou eu. Não é Rapha?
Voltando ao que interessa... Quando sai de licença maternidade, imaginei que seriam férias de 5 meses (4 da licença e 1 de férias). Fiquei até com receio de ficar muito à toa, pois o que eu iria fazer? Afinal cuidar de um recém nascido não dá trabalho algum! Doce engano.
Logo de inicio, percebi o quão trabalhosa é essa nova fase da vida. Deliciosa sim, mas muito cansativa. Minha amiga Fernanda comentou em um dos seus posts no fórum que assinou uma série de revistas para ler no período da licença e hoje elas se acumulam em sua casa. Eu fiz planos de ler vários livros e ver muitos filmes. Mal mal terminei de ler o “Segredo de uma Encantadora de Bebês” e não assisti nenhum filme. Eu quase não saia de casa, só sabia conversar de fralda, cocô, leite, refluxo, empregada,... Se eu estava me achando chata, imagino o que o Rapha estava achando. E no fim, aminha frustração era descontada no meu relacionamento com a Laura. Em várias ocasiões eu não tinha vontade de brincar e dar atenção. Ficava ali, do lado dela, resolvendo suas necessidades, esperando o tempo passar.
Mesmo assim, voltar a trabalhar foi muito difícil, pois é no inicio da fase de maior interação do bebê com o mundo que temos que deixá-los. Mas acho que foi melhor, pois sinto que estou sendo útil para a sociedade e batalhando para dar a minha filha uma vida melhor. Isso se reflete diretamente no meu relacionamento com ela. Apesar da redução no tempo que temos juntas, ele é super bem aproveitado com brincadeiras, carinhos,... Do momento que chego em casa até o momento que ela dorme, minha dedicação é exclusiva a ela.
Não tenho a intenção de dizer que o certo é voltar a trabalhar. Longe de mim isso. Cada mamãe sabe seus problemas e deve definir o que é certo para ela e seu bebê. Para mim, o certo foi voltar a trabalhar.

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