terça-feira, 23 de novembro de 2010

Normalidade?

Fazem 8 meses que a Laura nasceu e a minha vida ainda não voltou à normalidade. Não consigo fazer unha toda semana, igual eu fazia. Não consigo fazer ginástica. Não consigo dormir às 22 horas. Não consigo cozinhar aos fins de semana.
O engraçado é que, no início, eu achava mais fácil sair e deixá-la em casa aos cuidados do marido ou da secretária do lar. Depois que voltei a trabalhar, tornou-se muito angustiante sair e deixá-la para trás. Durante a semana, quando a deixo no berçário não sofro da forma que sofro ao ter que deixá-la nos fins de semana, mesmo que por meia hora.
Estou tentando entender o porquê desta angustia e acho que é devido ao pouco tempo que passo com ela, assim quero aproveitar todos os segundos. Mas sei que é muito importante que eu faça algumas coisas para mim também, pois se eu estiver satisfeita, isso se reflete no meu relacionamento com ela.
Por outro lado, será que não estou errada em esperar uma normalidade que pode não existir mais?Difícil resposta. Quem se arrisca a responder?

4 comentários:

  1. EU ME ARRISCO! Ser mãe é muito contraditório mesmo. Do mesmo jeito que queremos nossa vida de volta por alguns segundos, não conseguimos imaginar como seria nossa vida sem nossos rebentos, não é? Isa já tem 8 anos e meio e pra ser sincera desde que ela nasceu eu não sei mais o que é aquela normalidade que conhecia, aliás pra mim hj a normalidade é correr atrás de fraldas, mamadeiras, cadernos e atividades extras como a natação. Precisamos sim de alguns momentos só nosso, mas como decidimos optar pela dupla jornada (mãe e profissional) acabamos nos sentindo culpada inconscientemente de "largar" nossos filhos e queremos aproveitar cada segundo que estamos perto deles. Não é assim? Não adianta eu te falar "para com isso e vá se cuidar" pq eu tb não faço minhas unhas no salão faz tempos...kkkk (só um exemplo).

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  2. Deia, vc respondeu muito bem. E eu concordo com sua resposta. É exatamente tudo que eu sinto.

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  3. Normalidade é essa vida que levamos agora.
    A vida de antes é passado - rs.
    Eu nem sei onde li essa frase, mas achei perfeita:
    "Em qualquer idade que a mulher esteja, ter filhos é passar da juventude para a maturidade."
    É outra vida! Totalmente diferente, com seus prós e contras, mas com certeza muito melhor.

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  4. citei seu post, Mariana! bloguei a este respeito. e citei o comentário da Deia também!

    o que eu escrevi:

    A verdade é que a vida muda. Nem tudo é do jeito que eu gostaria que fosse, mas não tenho escolha. Sou responsável por um ser que só está aqui porque eu quis assim. E não importa o quanto fui mimada, egoísta, fútil ou superficial, agora eu preciso colocar os pés no chão e pensar neste ser antes de qualquer coisa. Mais do que irresponsabilidade, seria uma puta sacanagem com ela se não fosse assim. E é por ela, pela baixinha, que eu encontro força para fazer todas as renúncias e sacrifícios necessários, todos os dias, sem olhar para trás. Por mais que essas facadas doam!

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