segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Após um bom tempo...

Escutei de um amigo que quando um membro de uma família fica doente, a família toda fica doente também. Esse amigo é o marido de uma amiga de infância e foi um dos médicos do meu Pai. Papai foi diagnosticado com câncer no pulmão em meados de setembro do ano passado. Na medida em que os exames ficavam prontos fomos descobrindo a gravidade da situação. Assim, depois de cerca de seis meses de muita luta e sofrimento, no dia 29 de fevereiro deste ano, nós perdemos a batalha contra a doença. Eu perdi meu Pai. Papai era um homem integro, honesto, forte, otimista, empreendedor, sonhador. Um exemplo em todos os lados de sua vida. Sua palavra valia mais que qualquer assinatura em papel. Nossa família era centrada nele, totalmente patriarcal. Amigo e conselheiro de todas as horas, sabia estar presente sem nos sufocar. Sinto falta das ligações no meio da tarde para nada, mas no fundo era só porque ele estava com saudades. Sinto falta de ligar para ele para contar que vi algo que ele iria gostar. Sinto falta de tudo que não vamos poder viver e dividir com ele. Sinto falta dele. Esse foi o principal motivo do meu sumiço. Aliado a isso, a minha lista de atividades que nunca para de crescer. Mas mesmo assim, há dois meses estou ensaiado voltar a escrever. Hoje aproveitei a tranquilidade do Rapha e Laura estarem dormindo e resolvi escrever o post do retorno. ESTE!!! Para finalizar este post, vou ilustrá-lo com duas das últimas fotos do meu Pai, ainda bem, com a Laura. Isso foi na época do diagnóstico. Essa é a imagem que quero guardar dele.

domingo, 11 de setembro de 2011

Frases certas!!!

A Laura está começando a falar. Ainda são algumas palavras soltas e diálogos completos na língua dos bebes.

O que eu realmente não entendo, é a lenda que existe que a primeira palavra dos bebês é mamãe. A da Laura, como a muitos outros bebês que conheço, foi papá. Era papá de comida, mas na maioria das vezes era Papá de Papai. Pelo menos uma gloria para o Rapha, já que ela é meu xerox.

Assim, quando eu insistia para ela falar mamãe, repetindo mamãe exaustivamente, ela respondia: Papá. O Papa evoluiu e ficou papá para comida e Papaiiiii para papai. Até que por fim a Mamãe pintou na área e Hoje é repetida várias e várias vezes no curto período de 24 horas.

Espontaneamente, sem ninguém ensinar, ela passou a falar "Não Manmãe". Isso mesmo, a grafia não está errada. A pronúncia é Manmãe. "Não Manmãe" foi a primeira frase.

De uma semana para cá decidimos ensiná-la a falar o sim. Ela ainda não está entendendo o que é sim, mas fala sim quando pedimos. E depois do "Não Manmãe", "Qué não" (segunda frase) ela está falando uma terceira frase: Sim Papai. Isso mesmo para Mamãe não e para Papai sim.

E se eu digo "Sim Mamãe", ela responde "Sim Papai". Se eu digo "Não Papai", ela responde "Não Mamãe". O que devo pensar disso???

terça-feira, 26 de julho de 2011

Sensibilidade...

A gente sempre escuta que os bebês e crianças são muito sensíveis, mas nunca temos uma noção de quanto realmente eles são sensíveis até vivenciar um momento destes. E eu vivenciei dois destes momentos na ultima semana.

Momento 1: Laura e Tia Vivi estavam brincando de bater o pé no chão (cada brincadeira que me aparece...). Tia Vivi batia os dois pés e a Laura batia apenas um (ainda não tem coordenação para bater os dois). Estavam brincando na cozinha enquanto eu preparava o almoço. Passei por trás de Tia Vivi, que não viu e bateu o calcanhar com um sapato de solado bem duro nos meus dedinhos de fora em uma sandália. Não gritei, apesar de enorme vontade de um PQP alto e sonoro. Fiz apenas um uhhhhhh contido. Tia Vivi virou e pediu: desculpa, desculpa, desculpa... Laura, que assistia toda a cena, começou a chorar. Só parou depois que me recompus e peguei-a no colo dizendo que estava tudo bem.

Momento 2: A Laura está super interessada em bichos. Os pequenos e os grandes. Os pequenos ela se arrisca a passar a mão rapidamente e sair correndo. Já os granes, ela gosta de apenas observar. No último sábado fomos à festinha de aniversário de 2 anos da filhinha de uns amigos. Eles fizeram a festa na fazenda da família e deixaram cavalos à disposição dos convidados. Montei em um cavalo e peguei a Laura para darmos uma voltinha. Ela começou a resmungar só de chegar perto. Na hora que o Rapha colocou ela comigo na sela, ela começou a chorar. Tentei acalmá-la, mas não adiantou. Então a devolvi para o pai. Já que eu estava montada, resolvi dar uma volta. Quando me afastei, ela voltou a chorar. O Rapha tentou acalmá-la, mas ela não parava e apontava para mim. Só parou na hora que desci do cavalo. Não precisei nem pegá-la no colo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

E quem explica...

A Laura teve febre na noite do ultimo dia 21 (quinta feira) e madrugada do dia 22 (sexta feira). Decidi que ela não iria para a escola. Ficou em casa com a Rosa (meu braço direito e esquerdo, nas horas vagas pernas também) e passou o dia super bem, sem febre. Comeu, tomou mamadeira e foi dormir super tranqüila, sem nada.

Em tornos das 03:30 eu acordei do nada. Não fazia nenhum barulho, eu não estava tendo pesadelo nem queria ir ao banheiro. Simplesmente acordei. Fui dar uma olhadinha da filha e quando entrei no quarto e ouvi a respiração dela acelerada já conclui que ela estava com febre, 38,1º. Dei o remédio e coloquei-a para dormir conosco...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Festa Junina

No dia 18 de junho foi a festa junina na escolinha da Laura. La fomos nós. Como ela está em transição para o maternal 1,andou ensaiando a quadrilha com a turma. Mamãe e Papai não sabiam. De repente, me vi no meio da roda de quadrilha dançando com a Laura. Isso mesmo, como são todos pequenininhos no maternal 1, as mamães dançam também. Literalmente.

Mas dançar que é bom mesmo, a Laura não dançou. Ela foi literalmente para comer: 1 saco de pipoca, milho verde, churrasquinho e tentou uma maça com chocolate, mas não teve força. Não se interessou pelo algodão doce, mas Tia Vivi...

A Saga do Sono - parte final

Eu não li o livro Nana Nenê. Peguei dicas com a minha amiga Fernanda Coelho, que se tornou uma expert em sono, devido a sua busca constante por uma solução para o sono do gatinho Samuel. Ela me deu uma explicação geral sobre a teoria do choro controlado e adaptei ao que eu considerava que eu e a Laura poderíamos suportar.

Uma coisa que ficou muito clara para mim, é que os pais precisam concordar em aplicar o método. Não vai dar certo se um quiser aplicar e o outro não, pois no primeiro choro o que não concorda vai quebrar o ciclo. Assim, eu e o Rapha conversamos bastante e acordamos que íamos tentar.

Noite 1:
19:30 começa o ritual: Banho, pijama e mamadeira. Depois da mamadeira, curtir 5 minutos de colinho. Levantei da cadeira, falei com ela: Filha, mamãe vai te colocar no bercinho para você dormir e descansar. Mamãe esta sempre cuidando de você. Boa Noite.
Ditei ela no berço, virei as costas e antes de eu conseguir sair do quarto ela já estava de pé chorando. Sentei na minha cama e esperei 3 minutos, que foram muito longos e sofridos. Depois deste tempo, entrei no quarto, deitei-a outra vez, disse que estava tudo bem que ela só ia dormir. E sai novamente. Mais choro. Repeti o ciclo mais duas vezes, pois na quarta vez que ela ficou no quarto, ela chorou 1 minuto, deitou e dormiu.

Noite 2:
Mesmo ritual e mesmo procedimento. Foi necessária apenas uma entrada no quarto, pois depois que sai pela segunda vez, ela deitou e dormiu.

Noite 3:
Fomos a um aniversário e ela dormiu no carro na volta para casa. Neste dia pensei que tudo tinha ido para o “espaço”.

Noite 4:
Eu e o Rapha tínhamos uma reunião na escola e Tia Vivi ficou com a Laura. Segundo relato da Tia Vivi, depois de fazer o ritual ela colocou a Laura no berço, ela ameaçou dar um gritinho e deitou. Tia Vivi saiu do quarto e não teve nenhum choro. Com receio de entrar e a Laura despertar, ela ficou esperando uns 15 minutos. Só então entrou no quarto e viu que a Laura estava dormindo super bem.

Noite 5:
Foi igualzinha à noite 4.

Noite 6 em diante:
Basta colocar a Laura no berço que ela dorme. Às vezes demora um pouco, ouço-a conversando, mas não dá trabalho nenhum. Outras vezes dorme de imediato.

Pontos importantes:
- Deixei vários bicos no berço, pois quando está chorando, fica com raiva e joga o bico para fora. Assim, mesmo se ela jogar o bico fora, quando decidir deitar acha um bico para ajudá-la a acalmar-se e dormir.
- Ela tem uma girafinha de pelúcia que sempre ficou com ela no berço, para dar segurança.
- Sempre segui o ritual de banho, pijama e mamadeira.
- Enquanto está acordada, não fazemos movimento na casa para ela não despertar que querer sair do quarto.
- Se ela demorar muito para dormir, eu sempre dou uma verificada na fralda, depois que ela dorme, pois a chance de ter feito o número 2 é grande.
- Nunca entrei no quarto se ela estivesse acordada sem chorar, para não distraí-la.
- Nunca a tirei do berço, só ajudei a deitar novamente.

Conclusão:
A hora de dormir deixou de ser um momento difícil e a Laura passou a dormir melhor. Na verdade a família toda esta dormindo melhor.